quarta-feira, março 15, 2006

Frustração ou decepção numa enrolação divina

Rio de Janeiro é um estado que abriga enorme quantidade de trabalhadores informais e desempregados. Esses dois índices somados chegam a mais da metade de população. Entretanto, existe outra modalidade de vida nesse quadro: o freelancer. E, nessa categoria, estou enquadrado. Sim. Eu sou “freela”!
Alguns chamam de trabalho, como eu. Outros, mais conservadores, tendem a re-nomear essa categoria como desempregado. Tudo bem. Podem me chamar de desempregado. Já foi o tempo em que eu ficava imaginando uma vida cheia de glória por ser freelancer. Trabalhar na hora que eu quero. Aceitar, ou não, os trabalhos que eu quero. Desfrutar sozinho de todo o prestígio da finalização de revista ou filme. E, o melhor de tudo: gastar todo dinheiro, fruto de trabalho honesto (mas sem imposto).
Bom, eu já passei desse ponto. Já foi época de vislumbrar a fama e o poder do frelancer. Agora, meu nome é “desemprego” também. É sério... me rendi! E digo mais: contamina! Fiquem longe de gente desempregada. É um vírus mortal.
Como diria aquela velha música sobre desilusão: Amélia ficou viúva, Joana se apaixonou. Maria tentou a morte por causa do seu último trabalho freelancer. Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado. Quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado.
Sim! Estou revoltado e vou lhes dizer o porquê. Depois de aturar uma guerra de egos inflados de um monte de gente burra; um esporro sem motivo de outro ego inchado e ferido e um bando de pessoas chatas infernizando os meus dias de trabalho, ainda tenho que me desgastar para conseguir receber o pagamento (de fevereiro). Poxa! Um trabalho de uma semana foi realizado em três exaustivas, por causa da incompetência de alheios em conseguir me dar o material completo (matéria revisada, título, fotos, legenda e crédito). Se não sabe fazer direito, não faz. Pior, não tira onde de que faz direito!
Enfim, os clientes enrolam daqui, puxam dali. Ô miséria! Nunca vi gente tão ruim de pagar. Mas é claro, aquela velha “máxima popular” não poderia estar errada: “gente rica só é rica, porque não paga quem deve pagar”.
Alguém se lembra de outra "máxima popular"?? DÊ A SUA DEIXA, POR FAVOR...MAS O TRABALHO É NÃO REMUNERADO E SEM CARTEIRA ASSINADA.

3 comentários:

lipeburger disse...

é...eu sei bem do que você está falando! E nada como ter ticket refeição e Rio Card. Eu sonho com Rio Card!!!
Pior é quqndo te chamam de autônomo, isso sim, me deixa pra morrer!
abs

Anônimo disse...

eu tenho ticket refeição (que é uma miséria e nunca chega ao fim do mês) e o-de-io o RioCard. Eu era muito mais feliz quando andava de van.

Enfim, cada vez menos eu gosto de fazer freela. Porque eu cansei de tentar a morte por eles... buáaaaaaa.

Beijos

Anônimo disse...

Adorei a nova casa, maninho lindo! Vou voltar sempre. Beijão.